segunda-feira, 27 de junho de 2011

A Águia e a vida

  A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos. Para isso, porém, aos 40 anos precisa tomar uma difícil decisão, pois, nessa ocasião, as unhas, compridas e flexíveis, não conseguem mais agarrar as presas de que se alimenta; o alongado bico se curva em demasia, apontando contra o peito, e as asas, envelhecidas e pesadas em razão da grossura das pernas, tornam o vôo muito difícil. A águia está envelhecida.
         Diante dessa situação, só existem duas alternativas: passar por um doloroso processo de renovação ou morrer. Como o instinto pela vida é muito forte, a águia decide enfrentar esse processo que abrange 150 dias. Procura um nicho abrigado no alto de um paredão, onde não necessite voar. Em seguida, começa a bater com o bico nas pedras até arrancá-lo. Depois espera que nasça um novo bico e, com ele, arranca as unhas. Após crescerem, ela as utiliza para arrancar as penas antigas. Cinco meses mais tarde, sai para o famoso vôo de renovação para viver, então, mais 30 anos.
         Em nossa vida, algumas vezes, é fundamental nos recolhermos por algum tempo e iniciar um processo de renovação, sem o qual estaremos condenados a uma vida sem sentido. Com a renovação podemos alcançar novos objetivos.
         O mundo de hoje gira rapidamente. No passado, um diploma valia para o resto da vida. Atualmente, precisamos enfrentar um processo de renovação permanente em todas as atividades. O argumento “Meu pai nunca estudou e venceu na vida” não vale mais. É necessário rever continuamente nossos conhecimentos. Isso vale para área profissional e também para a familiar. Livros, cursos, retiros e encontros ajudam a quebrar resistências e passar a entender melhor nosso tempo. Tudo o que não se renova morre.

Extraído do livro "Histórias de Vida"

 

sábado, 25 de junho de 2011

Desafio

 Um namorado propôs
um desafio a sua namorada de viver um dia sem ele,
sem qualquer tipo de comunicação.

Ele disse que se ela fizesse isso,
a amaria pra sempre.
A namorada aceitou. Ela o abraçou e foi para sua casa.
O dia foi difícil, mas durante um dia inteiro,
ela não ligou ou mandou mensagens pra ele.
No dia seguinte, ela foi a casa de seu namorado feliz,
pois havia conseguido cumprir com o acordo.
O que ela não sabia é que seu namorado tinha apenas 24 horas de vida,
porque estava sofrendo de cancêr.

Quando ela entrou no quarto dele,
o viu deitado na cama com um bilhete que dizia:
“Você conseguiu, amor.
E agora,
você consegue fazer isso todo dia?
Eu te amo.
”Ela chorou, e pensou no que poderia ter feito se soubesse o que aconteceria.
Se ela soubesse que aquele abraço seria o último…...SERÁ QUE ELA ACEITARIA A PROPOSTA OU NÃO...???!!

Dê a sua opinão e se fosse você aceitaria? Comente.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ouvindo Corações

Grande sabedoria é saber olhar a vida com olhos de ver. Enxergar as coisas de maneira diversa da habitual. Ir além das aparências.

Nós não somos apenas ossos, músculos, tendões, unhas, cabelos, sangue. Somos tudo isso e mais a essência, o espírito.

É essa essência que nos faz ficar doentes ou recuperar a saúde de uma doença sem bons prognósticos.

Assim, não se pode imaginar medicina sem os remédios, bisturis, equipamentos, poções. Mas, a essência não pode ser esquecida.

Dr. Josh era um talentoso cirurgião oncológico. Depois de alguns anos, começara a ter problemas.

Mal conseguia se levantar da cama todas as manhãs porque sabia que iria ouvir as mesmas queixas, dia após dia.

De tanto ouvir falar de dores e assistir ao sofrimento, deixara de se importar.

Para que tudo aquilo, afinal? Muitos pacientes ele nem conseguia que se recuperassem.

Então, uma amiga lhe observou que ele precisava ter novos olhos. O importante não era mudar de hospital, de atividade. Era ele olhar o mesmo cenário, de forma diferente.

E lhe sugeriu que, a cada dia, durante 15 minutos, ele rememorasse os acontecimentos e respondesse a si mesmo: "o que me surpreendeu hoje? O que me perturbou ou me emocionou hoje? O que me inspirou hoje?"

Ele ficou em dúvida, mas tentou. Três dias depois, a única resposta que conseguia dar para as três questões era nada, nada, nada.

A amiga lhe sugeriu que ele olhasse as pessoas ao seu redor como se fosse um escritor, um jornalista, ou quem sabe, um poeta. Procurasse histórias.

Seis semanas depois, Josh encontrou-se com ela outra vez e lhe falou das suas experiências. Estava mudado. Sereno.

Nos primeiros dias, a única coisa que o surpreendera tinha sido o tumor de algum paciente que diminuía ou regredira poucos centímetros.

O mais inspirador, uma droga nova, ainda em experiência, a ser ministrada aos pacientes.

Certo dia, observando uma mulher de apenas 38 anos, que ele havia operado de um câncer no ovário, tudo mudou.

Ela estava muito debilitada pela quimioterapia. Sentada em uma cadeira, tinha ao seu lado as filhas de quatro e seis anos. As duas meninas estavam bem arrumadas, felizes e amadas. "Como ela fazia aquilo?"

Aproximou-se e lhe disse que a achava uma mulher maravilhosa, uma mãe fora do comum. Mesmo depois de tudo o que havia passado, ele observava que havia dentro dela algo muito forte. Uma força que a estava curando.

A partir daí, ele começou a perguntar aos pacientes o que lhes dava forças na sua luta contra a doença.

As respostas eram muito diversas. O importante é que ele descobriu que tinha interesse em ouvir.

Se antes já era um excelente cirurgião, deu-se conta de que agora, e somente agora, as pessoas vinham lhe agradecer pela cirurgia. Algumas até lhe davam presentes.

Mudou o seu relacionamento com os doentes. Contando tudo isso para a amiga, ele retirou do bolso um estetoscópio com seu nome gravado e o mostrou, comovido. Presente de um paciente.

Quando a amiga lhe perguntou o que é que iria fazer com aquilo, ele sorriu e respondeu: "Ouvir os corações, Rachel. Ouvir os corações."

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Todas as vidas têm um significado. Encontrar o sentido das coisas nem sempre é fazer algo diferente. Por vezes, é somente enxergar o cotidiano, a rotina de uma forma diferente.

A vida pode ser vista de várias maneiras: com os olhos, com a mente, com a intuição.

Mas a vida só é verdadeiramente conhecida por aqueles que falam e ouvem a linguagem do coração.